29/12/2008

Deslize



O tempo passa...

veio
como
nada
resposta

Quem sabe a lua...

doura
açúcar
boto
ambrosia



Arte: Disponível no Google Imagens.

28/12/2008

com-fabulação


À mesa, os fantasmas confabulam:


— Eu voei demais... reflete Superfície.
— Eu aterrizei... constata Ponderado.
“E, quanto a ti, Impulso?” - Interfere o Dramaturgo.
— Eu?... eu nada pude fazer!...

À mesa, os fantasmas confabulam...



23/12/2008

Acasalamento


Entre uma nota e outra do violão...

o rito
os dedos
a cauda
_______à faisão.



Arte: Arlequim e Colombina.
Imagem enviada por Marcelo Novaes.


19/12/2008

Desvios



O vento sopra...

ambíguas
mais-que-perfeitos
máculas.


prolixas
seios
vesgos d'alma.



Arte: Atelier Locatelli (Borboleta dourada)


16/12/2008

Moldura


Não é Amélia
Nem Maria Madalena...

Não serve como promessa
Nem [pára] melena.

***

Ela está no meio da linha:
serve à mesa, abana entrelinha.

Não é santa
nem profana
demais

não é consolo
refúgio, fumaça
que apraz.

Ela está no meio da linha.
Não é moldura, canário,
nem passarinha...



Arte: Pierre-Auguste Renoir
(As duas irmães).


14/12/2008

Substantivos (im)próprios...


Eu só preciso de um bom prefácio
alguém que me acrescente seu molho,
seu algo.

Excelência e nau frágil.
Dicionário a bordo:

cobra, zebra [pato] galinha...

uma dose de álcool!



Pintura Indiana e Khmeriana
(Figura de animais. Museu Topkápi, Istambul).


10/12/2008

Uma página da história


Adianta tamanha procissão de ternura?

O tempo não soprará os ventos de outrora
nem sob ação da chuva e as mil voltas do coração.

A filha do sopro cessa seu pranto sereno

[como quem guarda, em livro envelhecido,

uma página da história]

tal desengano, tal estranheza

banha - em brando rio - a dor vinda, jaz, obsoleta.


Arte: Gustav Klimt (Poetry)

03/12/2008

Corte


Se me vês passar,
trava-me a pau e a ferro...

Não sou uma das sete pragas,
nem a chaga de um cão sem dono.

E se me permites aventurar:

há muito tu perdeste,
à machado,
o cedro augusto do teu alcunho!...


Arte: Kim Molinero


28/11/2008

Absorção


Procuro poesia onde não há poesia:

verso branco em soneto parnasiano
rima cruzada em bula de remédio
metáfora na cátedra da academia


Procuro alguma coisa capaz de me absorver!...



27/11/2008

Tentativa


Eu não sei falar certas coisas...
melhor não ousar dizê-las.


Sentimento algo tão mutável...
melhor [não] se fincar raiz!




26/11/2008

Bravura


Sou capaz de tocar-te a dor
mesmo quando, em vão, dissimulas.

Abreviar-te o temor
sem sinais de bravura.

Sou capaz de roubar-te,
o dragão!...


20/11/2008

Quebrando pratos


Hoje eu quero quebrar os pratos
Pintar um verme na sua cor e bandeira
Triturar dentro de mim os seus rastros
Antes que eu me quebre por inteira.

Hoje eu quero quebradeira
E quero uma boa dose de veneno
A harmonia na pausa e no contra-tempo
A tristeza e alegria de uma dança grega.


Hoje eu quero me vestir de rato
Para roer sua intolerância e destreza
Para carcomer sua falsidade e tormento.


Para provocar o seu entorpecimento
Para vomitar nos calços de sua firmeza
Para tirar os cadarços de seus sapatos.


Arte: Van Gogh


** Do Livro Agá-Efe: entre ruínas & quimeras. FERNANDES, Hercília: 2006.


18/11/2008

Prêmio Dardos

(Postagem Ampliada)

Caros amigos [Poetas e Leitores].


O blog HF diante do espelho recebeu a indicação do poeta Assis de Mello[1], autor do Coisas do Chico, ao Prêmio Dardos. Isso significa que houve um reconhecimento do nosso árduo ofício de artesão das palavras & imagens, conforme indica o prêmio:


"Com o Prêmio Dardos reconhecemos os valores que cada blogueiro mostra a cada dia no empenho em transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, em demonstrar, em suma, sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras (PRÊMIO DARDOS)."


Há algum tempo, o prêmio Dardos vem circulando na Blogosfera, atribuindo mérito aos trabalhos dos poetas na Internet. Dentre os artistas homenageados com o selo, podem-se destacar os poetas portugueses Vieira Calado, Vicente Ferreira da Silva e a poetisa Graça Pires. Ambos, autores de sensível e notória arte poética e publicações em livro. Na blogosfera brasileira destacam-se os poetas Fabrício Fortes, Bianca Feijó, Carol Porner; e, recentemente, Assis de Mello.

Pelas normas de indicação, cada autor indicado deve realizar uma lista de 15 artistas virtuais para recebimento do título. Entretanto, a seleção dos nomes é um fenômeno subjetivo, já que o prêmio não estabelece, claramente, os critérios de avaliação; sendo, portanto, uma seleção informal com base no gosto, na visão de mundo, experiências de leitura e esteticidade de cada escritor blogueiro.

Para mim, a tarefa da seleção foi uma experiência tanto quanto difícil, pois há muitos poetas e escritores dignos de apreciação na Blogosfera. Porém, realizei a minha indicação com critérios particulares, selecionando os artistas que, regularmente, acompanho os seus feitos literários, compartilhando do crescimento imagístico, emotivo-conceitual e lingüístico de suas criações; e que, apesar da fortuna estética, ainda não tiveram a oportunidade de recebimento do prêmio.

Termino a postagem agradecendo, afetiva e formalmente, ao Assis de Mello e estendo o meu abraço a todos os autores indicados[2] e poetas citados nesta postagem com a primeira estrofe do poema Ordem dos adereços:


O artesão se esforça...

cola, versa, contorna
a cor, na véspera,
da rosa na corda

só mais uma,

outra
nova
velha

vez!


Saudações poéticas,

Hercília Fernandes.


Notas:


[1] Assis de Mello possui Mestrado em Zoologia e Doutorado em Biologia Genética. Atua como Prof. Universitário e Pesquisador na UNESP - Campus de Botucatu / SP.

[2] Os autores dos blogs indicados foram devidamente comunicados por e-mails e encontram-se distribuídos nas listas de links existentes em o HF diante do espelho.


16/11/2008

14/11/2008

Absinto

Belas formas, símile cadência.


Liberdade na falta de excesso

[de barroquismo depurado em tonto vinho]

em pleito de lua cheia.


Belas formas, símile cadência.

Assim... [o] absinto!





Arte disponível no Google Imagem.

12/11/2008

Dobras do vento

(À “Mestra” M. M. Araújo, com carinho)


É preciso decifrar sinais

estar atento.



Saber o que apraz

manter-se sereno.



Reunir os galhos

sem mais nem menos.



Estreitar os laços:

a língua, os ais...

as dobras do vento!


09/11/2008

Decoro


Seria mais fácil sendo mentira...

Se não houvesse santos, heróis ou vilões
seria fácil, haveria equilíbrio.

Então se teria a roupa certa...
Não a mais bela:
a maquiagem correta!

Por que deve haver ética,
códigos de honra.
Uma legião de coisas
que balanceia e entristece.

Para que haja foros de verdade
Para que aja o decoro
E se extirpe a animalidade.

Seria mais fácil [se] vestindo a roupa certa!...


Arte: Mulher em Vermelho.


04/11/2008

Estranheza


Poetas se apaixonam...
Nada há de estranho nisso!

Aconteceu com o Pessoa, a Flor Bela, o Vinícius...
- Que dirá, pobre mortal, consigo?!

Poetas se apaixonam...
A palavra desce quente garganta ao umbigo.

E a estranheza?
[cá entre nós...]
também faz parte do ofício!...


Arte: Gustav Klimt


26/10/2008

A-mora



Cama, armário, porta, gaveta...


Poética da casa!


manual-
idade
em miudeza!...


Rosa, cabrocha, brotoeja...


Fim de papo!


cordial-
idade
rósea a-mora em ameixa!



23/10/2008

Dialética do Vazio / Cheio


Há dias em que se busca uma agulha, linha, algum fio d’ouro e não se acha sequer o reflexo pré-concebido de tais coisas.

Há dias em que se aproveita de uma palavra solta e se tenta rascunhar algo capaz de abrir portas. E não se pode abri-las.

O Nada é um estranho no ninho. Acomoda-se no chão, no teto, nos quadros, nos linhos...

Entra sorrateiramente, preenche e desapruma os vãos nos quartos. Insolente, manipula os cômodos no frio e no escuro espaço.

O Nada é o vilão charmoso. E é o temível herói.

O Lácio nas altas rodas noturnas. O fáustico causador das sutis promessas e vastas lamúrias.

O Nada é o silêncio in-operante. E as miúdas coisas que nele habitam!...


Arte: Van Gogh


19/10/2008

Quefazer



Minha vida é o caminhar,
quefazer infinito.

Caminhos de pedras, retas, labirintos...
Dura e pérfida!
Fumaça passa em desalinho.

Minha vida não é a melhor amiga
Nem a pior conselheira...

É a caça do eu perdido em curvas
E a presa tátil nas vigas.

Dirão os que virão:
“Foi mar de ondas claras
em vales profundos”.

[Ou...]

“Glória sem brasão
riacho de lágrimas
infortúnios”...

Eu, ao longe, apenas lhes direi:
- Enxergai as folhas no barro,
no pão.

As gotas de orvalho
no prumo,
vale sem promessa, oceano sem direção.


05/10/2008

Perdidos & Achados

Aos amigos leitores [e poetas] brasileiros e portugueses.


Busco me achar
Nas imagens deformadas.
Busco me perder
Nas tuas veredas perfeitas.


Busco apenas enxergar
A tua face morta na margem.
Posto, sei, é muito tarde
Para qualquer enquadro na trave.


Busco viajar
Entre esferas e esquadros.
Busco suprimir
O que há em nós de extrato.


Busco qualquer discurso
Seja: quimérico, ilusório, abstrato.


Busco um pôr-do-sol
Que aja em nós
Como punhada de anzol.


Busco trafegar
Entre colunas além-mar.
Busco contemplar
A luz que faz questão de se esconder.


Busco vivificar
Um poema fácil de se ler.

Busco reconhecer
Um idioma para me atar.


Busco uma racionalidade
Fácil de sistematizar.
Busco uma animalidade
Difícil de se desenhar.



Busco um país
Que me pareça sólido, ora triz
Busco um neo-idílico feliz
Com a quimera, as trevas
E a luz néon de um antigo Paris.


Busco simplesmente...
O essencial em Portugal
Compreender o porquê
De nascermos simplesmente
Tão animal e tão desigual
E entender por quê:

- O Bem, às vezes, reveste-se de Mal.



Arte: Marc Chagall


FERNANDES, Hercília. Perdidos e achados. In: ______. Agá-Efe: entre ruínas & quimeras. Natal-RN: Natal Gráfica, 2006, p. 70.


01/10/2008

Madeixas II

(Outro pente...)


Alguém sabe ‘aonde’ foram parar os meus cabelos?...
[Ando careca por tanta inquietação!]


Eles se desprenderam de minha cabeça
Indo buscar outro pente
para pentear

viva-morta
nova-velha

emoção!



29/09/2008

Providência



Busco-te...

como quem prende âncora ao mar
como quem cai abismo sem fim
como quem peleja a vagar.

sabendo que é trabalho sem termo:
se me vens,
contemplo, apavoro, esmoreço.

porque meu olhar se perdeu no horizonte
E a cegueira, se providência,

é límpida, é monte.


Busco-te...
para me silenciar.



Arte: Salvador Dali.


21/09/2008

Ordem dos adereços


O artesão se esforça...

cola, versa, contorna
a cor, na véspera,
da rosa na corda

só mais uma,

outra
nova
velha

vez!


Todo dia,
velho, árduo, artifício:
A colcha de ontem não embala o amanhã,
requer método de ofício!


A ordem dos adereços é sempre o porvir
[fatídico manejo!]
Desmontar o velho e deixar o novo sobrevir.



O artesão se esforça...

cola, versa, contorna
a cor, na véspera,
da rosa na corda

só mais uma,

outra
nova
velha

vez!



11/09/2008

Busca


O que busco, parece-me, não está aqui...

Não está nas sedas, jóias, cortesias...
[pobres e utensílios domésticos!]

Não está nas rosas, róseas,
Ou nas pálidas borboletas de jardins.

Nem nas várias honrarias e poucos méritos...


_________________________________________________________


Está em certa cor e vibratilidade
n’alguma incerta promessa...

Possibilidade concreta
[não-pertencimento]
de coisa que não se vende, nem se acha!

Isso, parece-me, é [ser] muito
Isso, parece-me, improvável
[de graça!]
tanto quanto inoportuno.


06/09/2008

Perto demais




Eles não se pertenciam. Havia um filme e um tema de amor: Closer and The Blower’s Daughter.

Assim como na tela do cinema, onde seres autômatos caminham anônimos pelas ruas da cidade, eles se estranhavam e buscavam abrir caminhos caminhando...

Na distração do cenário: uma batida, um freio no tempo, um sobressalto. Eles se reconheceram.

- Oi, estranho! Disse-lhe ela.

Ele nada respondeu, apenas sorriu. E, no seu sorriso, o descontentamento tornou-se riso e o siso vestiu-se de beleza.

Olhos verdes-azuis. Todo o céu sorriu-lhe.
A cinza paisagem tornou-se fértil aragem, a alma já não lhe doía em pranto silenciosa, nem os pés doridos incomodavam-lhe os passos: seus tamancos verdejaram-se.

Ele a amou a primeira vista. Isso é certo! Porém, não soube vislumbrar a sua verdadeira face. Não compreendeu a natureza de sua poética:

- Por tão bela, tão etérea tal qual a filha do sopro na primavera, qual o nome dela?... Ele se inquietava.

Meio dia. Uma, duas, três... perto demais!. Dezesseis horas... A canção embalava os amantes, oferecia asas à imaginação e vestia a história até então não-dita.

Eles não se pertenciam...
Havia um filme e um tema de amor:

Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?

I can't take my eyes off of you…



Sugestão de vídeo: The Blower’s Daughter (by Damien Rice). Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=UHPTHP4dihA



05/09/2008

Dança vândala



Quando me tomas
Faze-me chama
Dança vândala, odor, movimento.


Quando me tocas
Faze-me escrava
Falácia calada, pudor, atrevimento.


Quando me deixas
Faze-me lástima
Lágrima vácua, dor, rompimento.



Arte: Marc Chagall


04/09/2008

Cascata


Arte: João Werner.


Há um travo na garganta
e um travão nos olhos.


Um metro de lâmina
e uma granula de ópio.


Há uma palavra não-dita
e um silêncio gritante.


Uma ponte escondida
e um chinelo azul verdejante.


Há uma roda viva
e um mar morto


Uma verdade esculpida
e um cavalo solto.


Há coisas para serem ditas
umas - outras – melhoradas...


Uma lágrima fingida
um riacho cheio d'alma:

sebo
nervo
alheio

em cascata.




**Agradecimento:

Agradeço ao artista plástico
João Werner que, gentilmente, publicou o poema Cascata em seu site como documentação de sua bela aquarela "Na Beira do Rio".

Disponível em:

http://www.joaowerner.com.br/images/morte/beira_do_rio.htm


30/08/2008

Sinais do vento

Arte: Van Gogh


O interessante de tudo é que não houve contudos...
Aceitaram, enfim, a fatalidade na lei da gravidade e os sinais de alerta no trânsito. O interessante de tudo é que tinha de ser assim...
Havia de haver um ponto final às vírgulas embriagadas na comprida estrada.
- Então, por que a saudade?
Porque permanecem os sonhos e os naufrágios. Gotas de orvalho decorando cartas de amor.
O relógio em descompasso mapeando a geografia do corpo quando se perde a primeira hora no café da manhã.
Porque pulsa e toma força estranha: reclama, arranha e desembocam rios na aspereza e na esterilidade.
Porque se percebe, no abismo, um lugar habitável e não há como transpor extremidades no curso natural do vento.
Isso tudo é interessante e requer sofia.
Não para oferecer explicações às indeléveis expedições humanas na enciclopédia do tempo.
Mas para acalmar a ventania que assola as noites de tempestade...


29/08/2008

Orvalho (Etimologia poética)

diálogo entre textos.


Favor não me chamar:
ervilha
lentilha
milha
qualquer coisa terminada em ilha!

Gosto das mil miudezas...
Aprecio deveras poesia-ilha
Porém, my name is

Hercília!

Me chame orvalho.
Lágrimas aquecem o tom matinal
dispersam tempestades após labores e silêncios.

Me chame firmamento
Jardim em flor desbravando litoral
Rósea cor, purpurina, a-normal
Mas, favor não me chamar

ervilha
lentilha
milha
qualquer terminação em ilha

Meu nome é orvalho
natural-mente
Hercília!


By Hercília Fernandes



Hercília, doce-mente Cecília:


teu nome advém da etimologia poética:
gotas de verso que umedecem os lábios sufocados
pela necessidade de dizer, só-mente cantar,
versejar/velejar nos mares sem cais - não mais –
companheira de Cecília, a vidente cega
(como todos os poetas/profetas)
que iluminam nosso cotidiano, inteira-mente,
e sempre verdadeira-mente.


By Reinério Simões


(In: Comentário ao poema Normal-mente. Disponível em: http://fernandeshercilia.blogspot.com/2007/10/normal-mente.html)

25/08/2008

Folhetim


Não sei por que vem
Nem o porquê do porvir


Quisera não ir...

Apenas permitir a parada, não-parada, d’algum passo
Perdição no tempo e no tracejado d’alguma aquarela...


Quisera não mais ela...
anterior, secular, férrea


Folhetim n’algum
[encardido]
botequim


Celeiro do desvario
inoperância do vento.



24/08/2008

Rapunzel


Ela falava. Falava muito.
[Poucos ouviam-na...]


E gritava. Gritava pranto sereno:


Alfabeto dos mudos
Rio de sombra e luz
em mares profundos.


Ela soluçava. Soluçava infortúnios.


Gira o carrossel
Joga as tranças de Rapunzel
E cai seu castelo de sonhos.


***


Ela era tão sozinha...
[pobrezinha!...]


Cadê o seu príncipe encarnado?
Seu disco voador,
e o seu cavalo "ao lado"?...


Cadê o vilão charmoso
que vela, em silêncio,
o som do seu eco
no pasto?



Ela era tão sozinha...
pobre alma menininha!...


"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."

(Gaston Bachelard)