talvez o membro
do mês que mais
se arraste
ah setembro...
não mais (me)
tardes
Penélope,
lá do Twitter.
31/08/2017
30/08/2017
Sei o que me tira a paz
Não sei o que
me dói mais:
se sua presença
ou ausência
Mas sei o que
me tira a paz:
é a consciência
de
tanto fez
como
tanto faz
h.f.
30 ago./2017
me dói mais:
se sua presença
ou ausência
Mas sei o que
me tira a paz:
é a consciência
de
tanto fez
como
tanto faz
h.f.
30 ago./2017
29/08/2017
A bem da verdade,
reúno os galhos
do que fui
sou
e ainda me cabe
tento sobreviver...
em meio
às lembranças
da última tempestade
h.f.
29 ago./2017
do que fui
sou
e ainda me cabe
tento sobreviver...
em meio
às lembranças
da última tempestade
h.f.
29 ago./2017
Paradoxalmente,
entrego-me às águas
profundas do rio
com a mesma ligeireza
que inundas as margens
superfície demais
me afoga...
revoga a profundeza
do cio
h.f.
29 ago./2017
profundas do rio
com a mesma ligeireza
que inundas as margens
superfície demais
me afoga...
revoga a profundeza
do cio
h.f.
29 ago./2017
28/08/2017
Tal nem qual
Não mais me resignarei...
Aceitarei as tuas regras...
Não me terás, todavia,
tal nem qual
convenientemente
veneras
Senhora
da minha vontade,
sou mais que um conjunto
de chamados
e vãs
esperas
Sou também
ponto
final
h.f.
28 ago./2017
Aceitarei as tuas regras...
Não me terás, todavia,
tal nem qual
convenientemente
veneras
Senhora
da minha vontade,
sou mais que um conjunto
de chamados
e vãs
esperas
Sou também
ponto
final
h.f.
28 ago./2017
Garantia
Guardei as suas palavras
como forma de impedir os
mesmos erros
Mas aqui faz frio
e é só o começo:
de uma longa caminhada,
vida a esmo
h.f.
10 mar./2014
como forma de impedir os
mesmos erros
Mas aqui faz frio
e é só o começo:
de uma longa caminhada,
vida a esmo
h.f.
10 mar./2014
27/08/2017
Não, você não entende...
Será que algum dia
foi capaz de compreender?
Nunca desejou salvar-se?
Livrar-se da náufraga
entregue às nuvens do pensamento?
Da água turva que tece
rios, correntezas de lamento?
Talvez seu mundo
seja um arco a contento...
Mas aqui, outro lado da fotografia,
não há nenhum pote de mel
em que possa deleitar a sua íris:
a realidade é cinza
a espera é cinza
e eu estou cinza
h.f.
23 ago./2013
*Poema escrito enquanto ouvia James Blunt, "Goodbye my lover".
foi capaz de compreender?
Nunca desejou salvar-se?
Livrar-se da náufraga
entregue às nuvens do pensamento?
Da água turva que tece
rios, correntezas de lamento?
Talvez seu mundo
seja um arco a contento...
Mas aqui, outro lado da fotografia,
não há nenhum pote de mel
em que possa deleitar a sua íris:
a realidade é cinza
a espera é cinza
e eu estou cinza
h.f.
23 ago./2013
*Poema escrito enquanto ouvia James Blunt, "Goodbye my lover".
Resisto!
No amor,
não deve
haver
escravidão
A par disto,
fontes
invisíveis
de prisão
pontes
transponíveis
que jamais
serão
h.f.
27 ago./2017
não deve
haver
escravidão
A par disto,
fontes
invisíveis
de prisão
pontes
transponíveis
que jamais
serão
h.f.
27 ago./2017
26/08/2017
A guerra é inevitável
Se não há
acordo,
a guerra é
inevitável
A paz é
um estado
tosco
e intolerável
entre nós
Penélope,
lá do Twitter.
acordo,
a guerra é
inevitável
A paz é
um estado
tosco
e intolerável
entre nós
Penélope,
lá do Twitter.
Polígrafo
Num gesto impensado,
esvaziou-se dos sentimentos
como um pirata em alto-mar
render-se-ia a uma garrafa
de Montilla
Nada ficou de lado...
A veracidade dos fatos
não far-lhe-ia mais ou menos
questionável
estivesse envolvida
aos cabos
de um detector de mentiras
h.f.
26 ago./2017
esvaziou-se dos sentimentos
como um pirata em alto-mar
render-se-ia a uma garrafa
de Montilla
Nada ficou de lado...
A veracidade dos fatos
não far-lhe-ia mais ou menos
questionável
estivesse envolvida
aos cabos
de um detector de mentiras
h.f.
26 ago./2017
25/08/2017
Ela não sabe amar
É chegada a hora... Não podia permanecer nesse estado interessante, como se só existisse o instante e todo resto desimportante. É chegada a hora... Não do desencontro ou despedida: de uma outra suspensão no tempo... Não é que ela negue o sentimento, jamais desejou tanta reciprocidade e entrega. Não é que negue a magnitude dos laços, amar e saber-se amada na plenitude de um abraço. Ela se nega a perder-se. Apaixonar-se perdida e cegamente a ponto de não saber-se. Sim... Ela não sabe amar. É chegada a hora...
h.f. | 25 ago./2017
Ela só queria
arrancar-lhe o chapéu...
Bailar em seus cabelos
ao vento
Ser expressão de sentimento
em seus olhos-sabor
de mel
h.f.
25 ago./2017
Bailar em seus cabelos
ao vento
Ser expressão de sentimento
em seus olhos-sabor
de mel
h.f.
25 ago./2017
24/08/2017
23/08/2017
Por que me vens?
Se não és a minha pessoa,
por que me vens?
Tão abundante em nuvens,
fumaças e flores do bem?
h.f.
23 ago./2017
por que me vens?
Tão abundante em nuvens,
fumaças e flores do bem?
h.f.
23 ago./2017
22/08/2017
Moradia
Desejava uma metáfora
em que pudesse morar:
Se fez arco-íris
turvando a
chuva
Ora gaivota
velando
o mar
h.f.
22 ago./2017
em que pudesse morar:
Se fez arco-íris
turvando a
chuva
Ora gaivota
velando
o mar
h.f.
22 ago./2017
Sutilezas enganam...
Se o devir é incerto
qualquer expressão
de afeto
faz explodir o verso
proezas da sensação
h.f.
22 ago./2017
qualquer expressão
de afeto
faz explodir o verso
proezas da sensação
h.f.
22 ago./2017
21/08/2017
Quisera arder...
Morrer de amor na calma
do desassossego
Pois não é a você que ardejo
do desassossego
Pois não é a você que ardejo
Entranho a alma do corpo
objeto de desejo
objeto de desejo
É o reflexo do meu desenredo;
― oceanos de onde a dor
arquejo
h.f.
21 ago./2017
h.f.
21 ago./2017
20/08/2017
Sem fim
(...) mas eu tenho o direito de gostar sem que gostem de mim,
e também o de chorar, que não se negue a ninguém.
Maria José
(heterônimo de F. Pessoa),
em Carta ao Sr. António.
Era um amor
tão bonito...
tão lindamente
sentido...
Não deveria
ser permitido
amar assim
tão
sem
fim
h.f.
20 ago./2017
19/08/2017
É de sua natureza
O poema
às vezes
vem
medíocre
É de sua
natureza
ser
medíocre
Ainda que
o poeta
com
destreza
afeto
o verso
lapide
pouco
o redime
Penélope,
lá do Twitter.
às vezes
vem
medíocre
É de sua
natureza
ser
medíocre
Ainda que
o poeta
com
destreza
afeto
o verso
lapide
pouco
o redime
Penélope,
lá do Twitter.
18/08/2017
Na poesia,
como n'outra
espécie escrita
― ficcional
ou científica,
há o tempo
das cheias
e
o das estiagens
Em todas
essas paragens,
hiatos
me
(des)fazem
h.f.
18 ago./2017
espécie escrita
ou científica,
há o tempo
das cheias
e
o das estiagens
Em todas
essas paragens,
hiatos
me
(des)fazem
h.f.
18 ago./2017
17/08/2017
16/08/2017
Não convém
Não houve tempo
para um
reconhecimento
Não convém
contrariar
a (des)ordem
do vento
Penélope,
lá do Twitter.
para um
reconhecimento
Não convém
contrariar
a (des)ordem
do vento
Penélope,
lá do Twitter.
De que é feita
Nem toda espera
se alcança...
Mas de que é feita
a quimera
sem esperança?
Penélope*,
13 ago./2017
*Voz heterônima de Hercília Fernandes, em sua nova página no Twitter.
se alcança...
Mas de que é feita
a quimera
sem esperança?
Penélope*,
13 ago./2017
*Voz heterônima de Hercília Fernandes, em sua nova página no Twitter.
Fiz-me
Rasquei fotografias
Devolvi presentes
― alguns pouco funcionais
outros, atraentes
Fiz-me anúncio de mulher
solteira
feliz
procura
na esteira da (im)própria
cura
h.f.
15 ago./2017
Devolvi presentes
― alguns pouco funcionais
outros, atraentes
Fiz-me anúncio de mulher
solteira
feliz
procura
na esteira da (im)própria
cura
h.f.
15 ago./2017
15/08/2017
Quero uma solidão...
Um silêncio que me diga,
antes que a tarde contra-
diga,
por ser_tão
arde
em nós
h.f.
15 ago./2017
antes que a tarde contra-
diga,
por ser_tão
arde
em nós
h.f.
15 ago./2017
12/08/2017
10/08/2017
Só por hoje,
abraçaria esse
silêncio
que tanto bem
mal me fez
e resistiria
só mais uma
outra nova
velha
vez
h.f.
10 ago./2017
silêncio
que tanto bem
mal me fez
e resistiria
só mais uma
outra nova
velha
vez
h.f.
10 ago./2017
09/08/2017
Ao pé do ouvido
meu silêncio
é estético...
audível
ao pé do ouvido
se por força
do sentimento
ou mesmo destino
atento a um
sentido
faze-me
compreensível
h.f.
9 ago./2017
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"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."(Gaston Bachelard)