Minha vida é o caminhar,
quefazer infinito.
Caminhos de pedras, retas, labirintos...
Dura e pérfida!
Fumaça passa em desalinho.
Minha vida não é a melhor amiga
Nem a pior conselheira...
É a caça do eu perdido em curvas
E a presa tátil nas vigas.
Dirão os que virão:
“Foi mar de ondas claras
em vales profundos”.
[Ou...]
“Glória sem brasão
riacho de lágrimas
infortúnios”...
Eu, ao longe, apenas lhes direi:
- Enxergai as folhas no barro,
no pão.
As gotas de orvalho
no prumo,
vale sem promessa, oceano sem direção.