Sabia das idas
e vindas
da escassez
Por isso te amei
como se primeira
fosse a última
vez
h.f.
30 dez./2015
30/12/2015
22/12/2015
Não é amor...
amor
sem esperança
é sofrência - não é
amor...
é aliança baseada
na ausência,
na dor
h.f.
22 dez./2015
sem esperança
é sofrência - não é
amor...
é aliança baseada
na ausência,
na dor
h.f.
22 dez./2015
21/12/2015
19/12/2015
Cansada...
Cansada de viver num mundo em que as pessoas não respeitam faixas de pedestres, vagas de cadeirantes, sinais fechados e outras normas de boa convivência no trânsito. Cansada de viver num mundo em que as pessoas furam filas, recebem um troco a mais e fazem vista grossa; que dão um "jeitinho" em tudo, até no que não deviam dar... Cansada de viver num mundo onde impera o individualismo em sua forma mais feia e pequena. Natal, às culturas cristãs, é renascimento... que saibamos renascer das cinzas, compreendendo que o mundo não existe, somente, a nosso serviço e bel-prazer.
h.f.
19 dez./2015
07/12/2015
Nada não...
Pedi uma coisa
bonita
Ele veio com uma
bem feia
Nada não...
A beleza também
sapateia
h.f.
7 dez./2015
bonita
Ele veio com uma
bem feia
Nada não...
A beleza também
sapateia
h.f.
7 dez./2015
06/12/2015
Do amor em minhas lágrimas
Tinha uma vaga noção
das mágoas...
De quando lhe falava
da minha perdição
ao sucumbir à sedução
das palavras
O rancor não lhe permitiu
sentir
amor em minhas lágrimas
h.f.
6 dez./2012
das mágoas...
De quando lhe falava
da minha perdição
ao sucumbir à sedução
das palavras
O rancor não lhe permitiu
sentir
amor em minhas lágrimas
h.f.
6 dez./2012
01/12/2015
Por ser tanto
Amar você,
tanto assim,
faz-me querer
ficar e partir
Amor
e dor
rimam dentro de mim
h.f.
1 dez./2015
29/11/2015
Do que (não) quero...
Não quero arranhar
seus discos
Nem ferir-lhe os quadros
Quero seu gozo
y precipício
Dos riscos aos meus
traçados
h.f.
29 nov./2015
seus discos
Nem ferir-lhe os quadros
Quero seu gozo
y precipício
Dos riscos aos meus
traçados
h.f.
29 nov./2015
28/11/2015
Existe
um lugar só meu
Nele, há quem saiba
me ver
O vazio é tanto...
Nada
(ou ninguém)
vem me preencher.
h.f.
28 nov./2015
Nele, há quem saiba
me ver
O vazio é tanto...
Nada
(ou ninguém)
vem me preencher.
h.f.
28 nov./2015
Sempre lutei...
Pra ter voz
Pra ter vez
Pra dizer
sim
não
ou mesmo
talvez
Pra ser protagonista
E não
Era uma vez...
h.f.
28 nov./2015
Pra ter vez
Pra dizer
sim
não
ou mesmo
talvez
Pra ser protagonista
E não
Era uma vez...
h.f.
28 nov./2015
27/11/2015
Não é só um...
é uma estrutura complexa
de dominação
que se revela nas miúdas
e graúdas
coisas
h.f.
27 nov./2015
de dominação
que se revela nas miúdas
e graúdas
coisas
h.f.
27 nov./2015
Adversa, existo...
Pensa que lhe pertenço...
Tenta coibir qualquer expressão
adversa aos valores de sua casta
Não recordo de vender-lhe
a alma...
Existo.
h.f.
27 nov./2015
26/11/2015
Muito além
Pra completar a pintura
do quadro...
sonhei com a sua vinda.
Tudo é tão simbólica e
corporeamente entranhado,
vai muito além da retina.
h.f.
26 nov./2015
Pudesse,
não recuperaria
as canções em dó
maior
por tanto amor
lhe dediquei
devolver-me-ia
inteira!
no mar das ilusões,
à mercê
dos ventos
das ondulações,
só...
naufraguei
h.f.
25 nov./2015
*Em diálogo com a canção "Devolva-me", na bela interpretação de Adriana Calcanhotto.
as canções em dó
maior
por tanto amor
lhe dediquei
devolver-me-ia
inteira!
no mar das ilusões,
à mercê
dos ventos
das ondulações,
só...
naufraguei
h.f.
25 nov./2015
*Em diálogo com a canção "Devolva-me", na bela interpretação de Adriana Calcanhotto.
24/11/2015
23/11/2015
In_vestida
Não valorize
a hora da partida:
– viva o momento
em que estou!
Não lamento
a indelicadeza
do amor
Na beleza surtida
sou também
flor
h.f.
23 nov./2015
Lá estarei...
Dize-me onde,
quando, a que horas
Lá estarei... com uma
cesta de amoras!
h.f.
23 nov./2015
22/11/2015
Condução
é difícil sentir-se sozinha
sobretudo nos momentos
em que a vida se nega
a um acaso
um agrado
um emplastro
– até mesmo bom empurrão!
mas trago a sensação
de estar externa às linhas
e viver sozinha
desvela tão minha... condução.
h.f.
3 set./2012
Em quase...
O povo, lá na vizinha,
adora um barraco...
Aqui, vejo-me sozinha
em (quase) completo
silêncio e anonimato.
h.f.
22 nov./2015
Contrariando (a) Pessoa...
Quando a alma é,
ou se quer, pequena
vale (tudo) a pena...
h.f.
22 nov./2015
De certo
O maior desafio,
penso eu, na tentativa
de desconstruir a musa,
é abandonar a dicção
sedutora
(e as anáguas que, de
certo, acompanham-na...)
h.f.
22 nov./2015
21/11/2015
Sou assim...
Catadora de sensações
passadas
recheadas de agoras
h.f.
21 nov./2015
passadas
recheadas de agoras
(Benjamin_ando...)
h.f.
21 nov./2015
Tinha um menino
Na efervescência
dos blogs,
tinha um menino
que me chamava
"agá"
era tão afetuoso...
saudades de sentir
a essência desse
poeta-menino
h.f.
21 nov./2015
Desta vez,
a tempestade não
veio a meu favor...
Veio para dissipar
as nuvens da in-
segurança
reiterar que meu
sentimento pulula
feito criança
e é todo seu, meu
amor.
h.f.
21 nov./2015
20/11/2015
Não consigo dormir
tenho febre
– cansaço
não consigo
dormir
com o beijo
desarticulado
ao traço
h.f.
20 nov./2015
Isso não é poesia...
Cê sabe o que é
a vida em suspensão?
Os anos passam
Algumas coisas acontecem
Menos o que acrescentaria!
Não, isso não é poesia...
É privação.
h.f.
20 nov./2015
19/11/2015
Depois
Depois de um dia
e uma noite
de amor
o silêncio me agasalha
aquece o vazio
do cio
que não é fogo de palha
h.f.
19 nov./2015
18/11/2015
Sem promessa
Que a humanidade
releve
meu egoísmo
ou insensibilidade
meu mal é amor...
sem promessa de felicidade.
h.f.
18 nov./2015
As horas são amoras
O mundo em caos
e eu nesse estado
interessante
em que as horas
são amoras
a adoçarem meu
semblante
h.f.
18 nov./2015
17/11/2015
Mais que tudo...
Cê nada entendeu...
O desacerto –
É mais que tudo...
Tanto que dói existir.
h.f.
17 nov./2015
15/11/2015
14/11/2015
Sim...
sabia do ciúme
do desejo de posse
dessas coisas veladas
tão arraigadas
que rebaixam uma
alma revolucionária
h.f.
14 nov./2015
do desejo de posse
dessas coisas veladas
tão arraigadas
que rebaixam uma
alma revolucionária
h.f.
14 nov./2015
13/11/2015
À aurora do caminho
tudo o que sonhamos,
abandonamos à aurora
do caminho:
a flor
o orvalho
o espinho
o agasalho fora do ninho.
h.f.
13 nov./2015
02/11/2015
Ressaca
Morro cada vez
que sim...
Que entrego-me
às águas
turvas
do sentimento
Quisera
naufragar...
sem tornar-me
ressaca
h.f.
2 nov./2015
que sim...
Que entrego-me
às águas
turvas
do sentimento
Quisera
naufragar...
sem tornar-me
ressaca
h.f.
2 nov./2015
Quando você se foi...
01/11/2015
é, simplesmente
porque (ele) tem a ver
com a minha confusão
que não é santa
nem laica
é,
simplesmente
h.f.
1 nov./2015
31/10/2015
Entre um beijo e um adeus
deixou-me ir...
quando o meu desejo
era ficar
– permanecer entre
um beijo e um adeus
seu amor é, foi pouco...
e pouco sabe (ou soube)
de mim
h.f.
31 out./2015
25/10/2015
Sempre que digo
sempre que digo:
"te amo"
morro um tanto
mais
afago o inimigo
o vilão que mitigo
à paz
h.f.
25 out./2015
14/10/2015
10/10/2015
Pensei que fosse você
pensei que fosse você...
meu coração até se encheu
de alegria
ilusão...
nada sei da imaginação
do sonho que alçaria
enfadonho ao meu ser.
h.f.
10 out./2015
07/10/2015
palavra restrita
tento escrever-te...
os versos chegam-me
poucos e vãos
a minha melhor escrita
terá palavra restrita
à troca de saliva
ao toque das mãos.
h.f.
7 out./2015
04/10/2015
(des)indicadores...
gastei o dicionário:
o ritmo
o grunhido
– as palavras
só não gastei
o sentido
itinerário com qual
me lavras
h.f.
4 out./2015
15/09/2015
O que lhe disse
(na noite em que deixei-me
embriagar de vinho
e poesia)
é a verdade
que acorda-me as manhãs,
escova-me os dias
h.f.
15 set./2015
embriagar de vinho
e poesia)
é a verdade
que acorda-me as manhãs,
escova-me os dias
h.f.
15 set./2015
Pra não dizerem-me...
Pra não dizerem-me triste,
pus base, pó, rouge...
Desenhei o melhor sorriso
e as sobrancelhas em riste
Pra não dizerem-me triste,
olvidei que a tristeza urge
e a felicidade inexiste...
h.f.
15 set./2015
13/09/2015
até quando?
porque o que sinto
é tamanho
devora-me luas inteiras
até quando a sua
demora far-me-á
perder as estribeiras?
h.f.
13 set./2015
acaso
se foi uma ilusão
de ótica
de lógica
que importa?!
o acaso não tocou-me
à campainha
à porta
sequer às horas em que ousei
(a)largar-me em desacertos possíveis
h.f.
23 mar./2013
*Do livro "Poemas de: chamados, esperas & (a)fins", no Prelo.
22/08/2015
De outras (h)eras
o cheiro das flores
aspirei
de outras
(h)eras
o sentimento
se fez presente
a dor...
primavera.
h.f.
22 ago./2015
20/07/2015
entre otras cositas más
nunca fomos amigos
– estávamos mais para canibais
nos comíamos com os olhos
com as letras e com os umbigos
entre otras cositas más...
h.f.
20 jul./2015
16/07/2015
quase me perco...
e lá vem pedra...
quando é chama,
amor.
vago na efemeridade
do instante
– quase me perco...
a brisa é passageira
o sentimento, abismo.
h.f.
16 jul./2015
15/07/2015
tão, tão...
amar você...
um pleonasmo perfeito.
tudo tão, tão...
imensidão que espreito.
h.f.
15 jul./2015
22/06/2015
ah, os (des)encontros...
paradoxo
é tanto querer
e pouca possibilidade de
ah, os (des)encontros
sequer deveriam
existir
h.f.
22 jun./2015
21/06/2015
amar você
amar você
é enchente
é estiagem
paradoxo
de quem vive
/ morre
de vontade
h.f.
21 jun./2015
18/06/2015
nem mesmo o amor
E de repente
já não sinto dor
ou angústia
nem tudo que é latente
torna-se permanente
nem mesmo
o amor
h.f.
18 jun./2015
31/05/2015
Da (velha) novidade
Repito palavras
e títulos
Atribuo novos sentidos
a velhas paisagens.
Poesia é reinvenção...
Não necessariamente
descontinuidade.
h.f.
2 mai./2015
27/05/2015
Uma pra estrada
Enquanto uma canção percorre
máquinas e nuvens
Eu chego até onde ela está
Provando que a ciência é útil.
01/05/2015
Ainda que...
Precisava sentir a sua presença...
Ainda que eu dissesse: não!
Desdenhasse o sim; ignorasse o senão.
h.f.
01 mai./2015
21/04/2015
Resistir...
ao dito
não dito
ao pé
do ouvido
ao escrito
(mal) parido
até (não) existir.
h.f.
21 abr./2015
11/04/2015
e, no entanto...
"...maybe if I told you the right words
At the right time you'd be mine".
sinto tanto, tanto...
e, no entanto,
nada posso fazer.
h.f.
11 abr./2015
10/04/2015
à medida
hoje não passei batom
quis a boca assim:
des_colorida
o tom
à medida da ferida
entreaberta...
h.f.
10 abr./2015
12/03/2015
Amor medonho
Não foi um sonho...
Havia mangueiras, goiabeiras, roseirais.
Açude, parede; casas na ribanceira
onde lençóis flutuavam
nos varais.
Não foi um sonho...
Havia um homem, uma mulher
arvoredos e cânticos de pardais.
Um amor medonho nas colinas, no lajedo,
nos postais.
h.f.
28 fev./2009
*Poema que integra o livro Nós em miúdos (Editora Patuá, 2013).
Disponível para aquisições aqui.
01/02/2015
(des)encontros
disseram adeus algumas
toneladas de vezes
voltavam atrás...
a saudade é peso
que não se consegue suportar.
h.f.
31 jan./2015
*Imagem localizada aqui.
24/01/2015
Se te chamo
vejo-me na solidão
dos espelhos
na ilusão do não dito
materializado em versos
se te chamo,
o chamado é vão
– esqueço
tanto que o vivido,
amado
aqueço
h.f.
2 dez./2014
Todos verão
esquecê-lo é sua meta,
– determinação.
na vida não convém
véspera, sim ou não.
Clarabela fechou a janela
não aguarda a primavera,
todos verão...
h.f.
27 jun./2010
*Poema republicado. Veja postagem anterior aqui.
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"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."(Gaston Bachelard)