24/01/2015

Se te chamo




vejo-me na solidão
dos espelhos

na ilusão do não dito

materializado em versos

se te chamo,
o chamado é vão

– esqueço

tanto que o vivido, 

amado 


aqueço 



h.f.
2 dez./2014



Todos verão


esquecê-lo é sua meta,
– determinação.

na vida não convém
véspera, sim ou não.

Clarabela fechou a janela
não aguarda a primavera,

todos verão...


h.f.
27 jun./2010




*Poema republicado. Veja postagem anterior aqui.


De mansinho


a chegada
é sutil
a saída, brusca

não vai...
vem à francesa.


h.f.
22 jan./2015


E foi


não pronunciou
nenhuma palavra

e foi
como se dissesse
tudo

no nada


h.f.
23 jan./2015

Cheias




queria não pensar em você
montar acampamento em seu corpo

viveríamos sem terra, sem pressa,
sem adornos

:

unhas cheias de chãos


h.f.
27 dez./2010




15/01/2015

do que (não)


o seu silêncio
não é ausência de voz
ou grito

é fogo
estampido

tempestade do que (não) há de vir.


h.f.
15 jan./2015



14/01/2015

cada vestígio ou ideia


custei a acreditar
a esquecer
a deixar morrer...

odiei, por fim

: a mim
  a ti

cada vestígio
ou ideia

de você em mim


h.f.
14 jan./2015


"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."

(Gaston Bachelard)