Há um travo na garganta
e um travão nos olhos.
Um metro de lâmina
e uma granula de ópio.
Há uma palavra não-dita
e um silêncio gritante.
Uma ponte escondida
e um chinelo azul verdejante.
Há uma roda viva
e um mar morto
Uma verdade esculpida
e um cavalo solto.
Há coisas para serem ditas
umas - outras – melhoradas...
Uma lágrima fingida
um riacho cheio d'alma:
sebo
nervo
alheio
em cascata.
**Agradecimento:
Agradeço ao artista plástico João Werner que, gentilmente, publicou o poema Cascata em seu site como documentação de sua bela aquarela "Na Beira do Rio".
Agradeço ao artista plástico João Werner que, gentilmente, publicou o poema Cascata em seu site como documentação de sua bela aquarela "Na Beira do Rio".
Disponível em:
http://www.joaowerner.com.br/images/morte/beira_do_rio.htm