[e por falar em formigas...]
O que posso dizer...
se tuas palavras não-ditas
vestiram-me, bilíngue, rosa partida
entrelaçada em flor
de sisal?
se há na tua língua um tropel de formigas
onde levantei um broquel suicida
capaz de fundir
manancial?
O que posso dizer...
se todas as cores de Monet cegaram-me
a retina, traindo-me as narinas entre
surtos e silêncios
de Chagall?
se depois de vender-te flores, enfileirar
flamas em frascos de
silêncios assustadores
o resto me parece
completamente
banal?
a retina, traindo-me as narinas entre
surtos e silêncios
de Chagall?
se depois de vender-te flores, enfileirar
flamas em frascos de
silêncios assustadores
o resto me parece
completamente
banal?
mas...
por falar em formigas...