24/07/2008

Ócio indigesto

Dedico esses versos aos amigos da Blogosfera: Bina Goldrajch, Marcelo Novaes, Taninha Nascimento, Wellington Guimarães, Mirze Souza e Rô Daros.


Às vezes posso ser cruel
porque plana, ama, visceral.

Às vezes sou uma boa menina...
À bandeja da fera, servil, colossal.

E posso estar numa breve fadiga:
nuvem, volátil, atemporal.

Assim segue a ciranda e sigo a sina
porque seda, sombrio, no azul do firmamento.

(Mas, quem disse que seria festa, espaçamento?)

A não-identidade é um ócio permeável.
Todo meu ser se condensa na máxima desdobrável:

“Viver não é bom apetite
nem anorexia”...

Irei esvanecer por indigestão!...



Arte de Luís Ralha. Disponível em: http://cuidadinho.blogspot.com/


"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."

(Gaston Bachelard)