não há borboletas
nem giram sóis...
flores se apresentam sonolentas
quando cem guardas
quando vens nós.
prossegue a tua lida...
não há borboletas
nem giram sóis...
flores se apresentam sonolentas
quando cem guardas
quando vens nós.
prossegue a tua lida...
Acham-me triste...
dizem haver certo pessimismo
em minhas curvas e linhas.
Mas desde que Nietzsche,
em mim, chorou
não há lágrimas em minha
...................escrivaninha
há dor transmutada em
beleza.
Poema postado n’ogatodaodete.
Imagem extraída do blog:
diálogo entre miudezas
a)....não sei quem és
sequer vi os olhos...
saberei quando as mãos,
grosso modo, me olharem
.........................revés.
b)....gosto dele
[sobretudo da língua]
mesmo quando não mel não rima
preciso de sua melhor poção
anímica...
Imagem extraída do blog Beijo Profundo.
.....se lança ao mar
...........escreve longas cartas
...................se perfuma com sândalo
.....................calça revoada de tamancos
.................se mostra infantilizada
......alimenta bravio desejo
.............................usa flor no cabelo
..............................dança dança do ventre
...............................é açúcar, tântalo, semente
............................se espalha, si- mula
.......dobras, coxas, queixo, nuca:
..................entredentes...
poema postado em
Sem você
não há ouro nem pedraria
metais corroem ácidos, esmeralda
.................................................... ladainha
................................poema vira lata
..................beijuteria...
texto postado em
Faz frio.
Rio lânguido cesto de vazio
avolumou, semântico, avalanche
em meu peito...
Poema publicado em
Enquanto bebo cerveja...
olho as imagens postas sobre a mesa
penso no que poderia ter sido, no que poder-se-ia ser
se ainda há eu e você, se há uno em nós ou se fomos tão sós
que precisávamos de trêsóis para aquecer nossas
longas noites de inverno.
Enquanto bebo cerveja
esqueço que há outros entrelençóis...
[1] Há dias em que a força motriz é mortífera. Basta ver!...
[2] Basta ver o outro lado da ponte e calcular que nem sempre dois + dois são quatro.
[3] Às vezes, apresentam-se cinco, sete, nove palavreados... porque ímpares
[4] costumam vagar, desapercebidos, sobre o assoalho. Basta ver!...
[5] Não há somente o meu ser nem o ser você. Nem os nossos nós em solar caminho
[6] de chuva, de fronhas sem guardas nem lençóis... Basta ver!...
[7] Dois + dois não são quatro...
[8] Às vezes, consigo ler
[9] ...
Dei tudo de mim
a última gota de vida em certame
resta saber se, ao servi-la, fiz-me brame
ou...
........vazio em aumento.
"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."(Gaston Bachelard)