23/05/2008

Nuvem-muda



Não há que ser dito:
nem novo, nem tédio, nem demolido...

- Oxímoro!...
Para que quereres-me tu?

Zombar-me?
Tatear-me?

Cadê tuas pautas áureas e pausas repetidas?

- Cala-te a boca! Oh, língua!

Deixai-me descansar entre os pleonasmos...
Ácaros da eloqüência e suntuosos espasmos.

Deixai-me à graça, nuvem-muda, dos Nefelibatos!



Arte: Claude Monet



"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."

(Gaston Bachelard)