Sinto saudade!...
Vontade de reencontrar a casa-ninho
de me achar nos seus descompassos
de me perder nos altos e nos desatinos.
Sinto saudade...
(e, não é de se estranhar!)
Na casa havia um quê de conforto
Havia um aconchego sereno,
posto ser fogo.
Havia uma coisa de infantilidade no ar
Havia um mundo pequeno:
Tão meu, tão nosso, e tão devagar...
Havia qualquer coisa de poeta ou de poesia
De ciranda, esconde-esconde ou disritmia.
Havia segredo, unidade, ventania
Qualquer coisa que embriaga jovem e tarde silencia.
Posto que havia essa casa na colina
E, nela, um arco sagrado.
Um pássaro branco voando floresta ao lado
E um ninho de pérolas, por ela, todo laureado.