Cantarei a esse amor
(sempre, quando)
Cantarei a ele, amor maior,
conspiração minha e desengano.
Cantarei nas tardes serenas
e nas águas turvas também.
Cantarei com extrema doçura
a esse amor que só vai e vem.
Cantarei se preciso for
para ninar a dor e o silêncio.
Não sufocar tamanho amor
nem a tarde e o firmamento.
Cantarei sem que mereças
ou, mesmo, que me peças.
Cantarei para que não esqueças
a lua, a chama e a promessa.
Mas calarei quando preciso
(sem choro, sem vela)
Fragmentos do meu riso
fina-flor-estampa na aquarela.
Imagem: Aquarela feita com papel molhado por Gabriela Seltz.
Disponível em: www.sab.org.br/med-terap/liga/aquarela2.htm
Disponível em: www.sab.org.br/med-terap/liga/aquarela2.htm