De repente...
Não mais que de repente...
(...) E só ficaram as vestes noturnas da saudade
E pousaram, sobre mim, as escuras asas da sobriedade.
Porque o verde virou cinza
(tenho visto, não há cor pior!)
E o azul glicerina
(tenho dito: a imagem deformou-se de tanta dó).
O olhar sereno, meigo, inocente
perdeu a cor, o ritmo, o tom
Dando lugar à dúvida, à luxúria...
Ao peso e a medida da razão.
E o olhar entristecido,
embevecido, no trajeto e no passo vazio,
rio estarrecido das cores cinzas do frio coração.
Assim, haja vista!