Em diálogo com Não sei quantas almas tenho, de Fernando Pessoa.
não sei quantas almas tenho,
fernando, quantos pessoas
me divisam
às vezes, estrangeira
peregrina solo místico
noutras, alça deforme
jura de fé e ceticismo
se me pedes calma
minh’alma venta abismo
lembra as paisagens do ser
na altivez do espírito
mas se me pedes aridez
minh’alma é alvura
manto de ternura com qual
se alça criança
hfernandes